Os Manuscritos de Tora-Bora

Um jornalista descobre antigos manuscritos em uma caverna no Afeganistão que revelam acontecimentos futuros sobre...

quarta-feira, janeiro 09, 2002

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Prezado leitor,

MEU NOME É ALI KILABAH, e sou um jornalista de um país no Oriente Médio. Ok, não é meu nome real, mas tive que adotá-lo por razões de segurança. Não espero que você acredite no que irá ler. É difícil até para eu acreditar nos eventos e nas coisas que estou estudando durante os últimos dias. Sei que muitos não acreditarão que isto possa ter acontecido -- minha história, os manuscritos, suas palavras e minhas opiniões ou conclusões sobre eles. De qualquer modo, estou publicando esta história na Internet, esperando que possa ser de ajuda a alguns.

Todavia, enquanto estiver lendo, você terá que suportar meu inglês, que não é minha língua nativa. [Nota do Tradutor: o site original está em inglês em www.torabora.blogspot.com]. Aconteceu estar escrito no livro de meu destino que eu deveria ser um dos jornalistas de um grupo de correspondentes estrangeiros que estavam no Afeganistão logo após a guerra. Fomos levados para uma área onde os aviões americanos haviam lançado toneladas de bombas, em um esforço para destruir as cavernas onde os soldados do Taleban podiam estar escondidos.

Aquela foi uma forma do exército dos Estados Unidos mostrar que nada tinham para esconder de jornalistas do Oriente Médio como eu. É claro que as cavernas que eles nos levaram para ver não tinham interesse algum. Eu devia ter desconfiado que seria assim quando o convite chegou. Mesmo assim, foi uma longa e perigosa viagem de Jalalabad em um comboio que poderia ser atacado pelas forças do Taleban ou atingido por uma daquelas bombas inteligentes das quais os americanos tanto se orgulham, mas que já mataram seus próprios soldados. Além de mim, havia jornalistas de diferentes nações: dois americanos, um da China, três da França, um da Alemanha e dez outros de países do Oriente Médio. Na última hora o jornalista do Iraque teve sua permissão negada para ir conosco. Será que deveria tomar isso como um sinal de futuros ataques contra o Iraque? Não sei.

Após o bombardeio usual, os Estados Unidos decidiram usar bombas guiadas a laser, que eles chamam de armas “termobáricas” ou bomba de explodir bunkers. Trata-se de um explosivo de alta temperatura, alta pressão, que usa um novo tipo de explosivo rico em combustíveis em sua ogiva. O explosivo libera energia durante um período maior do que os explosivos convencionais e cria mais destruição por altas temperaturas. Em outras palavras, a bomba mata sem destruir os túneis e cavernas. Eles acham que esta seria uma maneira de descobrir se Osama Bin Laden e outros líderes do Taleban estavam ali. Seria mais fácil descobrir quem era quem se pudessem evitar brincar de Lego com pedaços de corpos.

Bem, mas este não é o assunto de minha história. Você pode ler tudo isso nos jornais se quiser. O que é importante agora é contar a você que enquanto estávamos ali, meu grupo se afastou de mim. Até os soldados que estavam nos acompanhando não repararam que tive que procurar pelo abrigo de uma grande pedra para fazer minhas necessidades fisiológicas. Sim, até correspondentes estrangeiros fazem isso, e às vezes usam o jornal para fazer bem feito. Eu mal tinha acabado de cumprir meu dever naquele empoeirado banheiro quando reparei um buraco na parede da montanha. Logo vi que era uma pequena e antiga caverna, fechada por séculos. Uma das muitas bombas que alteraram com tanta força aquela paisagem havia aberto a caverna e meu destino foi ser a primeira pessoa a encontrá-la após tantos anos. Pelo menos penso assim.

Todavia, agora esta pequena aventura minha está colocando minha profissão de jornalista sob risco, pois estou tratando com informações que nem mesmo eu posso verificar se são verdadeiras. Você pode apostar que não irei publicá-las em um jornal convencional e expor meu nome ao ridículo. Fazer isso poderia significar a ruína de minha credibilidade como profissional. O jornal para o qual trabalho me despediria. Por outro lado, há implicações religiosas, considerando que tudo isso está em direto antagonismo ao que aprendi de meu pai, meu avô e dos líderes de minha religião. Às vezes acredito que tudo seja verdade. Mas, se for, estou falando dos próprios eventos futuros deste planeta e da chave para eventos que muitos teriam dado todos os seus tesouros para descobrir.

Agora você entende por que estou usando um pseudônimo. Enquanto escrevo isto, sinto-me como se alguém mais estivesse olhando por sobre meu ombro, pronto para contar tudo aos l?deres de minha religião. Aí, não apenas minha profissão estaria em risco, mas minha vida também. Voltando à caverna, ela tinha uma entrada estreita e entrei engatinhando, enquanto segurava minha lanterna com a boca. Dentro, ela era grande o suficiente para eu ficar de pé e tinha quase o tamanho de um pequeno quarto. Como o do hotel em Islamabad, Paquistão, onde estou escrevendo isto antes de partir para o Cairo. A caverna era tão escura que até mesmo com uma lanterna, precisei esperar um pouco para acostumar meus olhos à escuridão. Aí eu vi. E o que eu vi me espantou e tem sido a razão de uma grande mudança em minha vida.
[continua...] Clique aqui para ler o original em inglês.

Ali Kilabah é um personagem e pseudônimo fictícios adotados pelo Autor . A estória inclui ficção, fatos e opiniões pessoais.

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